Novas propostas de vida… Um recomeço inusitado, reorganização surpresa da minha vida. É… As coisas não se encaminharam da maneira como eu gostaria, fluidez cotidiana… Percebo que nunca tive o controle das minhas emoções, do meu eu! Inusitado e libertino em alguns momentos.
As convicções que tinha acerca de um pretenso status numa cidade universitária, a certeza de um lar, de amigos que nunca tive de verdade, do desgaste que foi e esta sendo tudo isso…
Perder não é a palavra que classifica os últimos acontecimentos de minha vida, acho que somei em conhecimento, aprendi um pouco mais sobre as relações humanas, o quão o homem pode ser impositivo na busca de um propósito.
As relações humanas nos surpreendem a cada dia, percepções adversas de um ideal utópico e irreal. Ideal?! O melhor que podem fazer? Padronização de trejeitos, premissas de vida, busca de algo comum à massa. Eu realmente não estou preparada para essa padronização, consentir normas pré-estabelecidas, ater-me a essa universalização do ser.
Acometida por uma mudança de grandes proporções. Ainda não tenho um rumo certo, não reconstruí nenhuma base. Tô meio perdida nesse meio… Dói-me olhar para trás. Estou cansada disso tudo, de ter lutado até mesmo contra mim em busca de um pretenso ideal, de um enquadramento social e ideológico não compartilhado pela essência de minha alma…
Se me arrependo de algo? Não… Sei que ainda tem muito a se resolver, pendências relacionais… Infelizmente não consigo apagar o que sinto, uma mescla de decepção e alivio. Precisei dos olhos de outrem para descobrir que minha realidade estava vazia. De certa forma eu pretendia continuar… Podem chamar de ignorância, mas eu bem acreditava que tudo poderia se enquadrar. Acreditava que poderia inserir-me no sistema sem perder em essência. Resolução irreal, que agora vejo o quão enganada estava.
Eu ainda acreditava. Mais do que ninguém nessa inserção. Conheço todos os meus vícios, minhas pendências pessoais, o quão meu comportamento pode ser impulsivo. Mas nada justifica a subversão da verdade, a omissão, a impropriedade com que trataram da vida de outrem.
Postura! Agir com mais postura, hombridade. Defender propósitos, ideais, convicções acerca do que acreditam. Sim…Isso é louvável. Até certo ponto. A defesa de um ideal nunca deve se conjugar com a impropriedade de uma ação impositiva. Relação essa que corrompe e vicia toda e qualquer atitude humana.
05/04/2007