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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Porre de tequila


Para embriagar
Porre de tequila
Porre de torcer sentimentos

E que se dane os bons modos
O sorriso tímido
O toque refinado

Pego com vontade
No seu dorso o gosto salgado da maresia
Porre de tequila

Deixo eles no canto
Esperando a barbárie
Até refazer-me do caos
E bater no peito vazio
Sentir em segundos toda a dor, todo medo em completo êxtase

Amanhã refaço-me do caos
Tomo tendência
Penso: “É só boemia”
Porre de tequila

Recostados, no canta da sala
Eles esperam
Eu!? Jogada noutro canto qualquer
Tento ir sem eles, mas na primeira esquina
Tenho todos de uma só vez

Todo amor posto a espera
Nunca caminho sozinha
Já são parte de mim

Vou me desfazendo
Procurando outros vícios
Vivendo outros pecados
Reinvento motivos para acordar
Ser dono de minhas próprias ilusões
E nem essas consigo viver

Por que metade de mim é posta a espera


12/01/13

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