Número de acessos

terça-feira, 12 de março de 2013

Jogo Performático


Nesse jogo performático
Os corpos se entrelaçam
Numa cadência única
Indo e vindo
Desacelerando

Ela toma para si o verso
Faz de mim refém de um coração desarmado.

Eu, atônito, paralisado
Recobro a cor
Retomo a fala

Nesse jogo performático
Meu corpo inquietasse
Perde o compasso

Paro de jogar
Cartas na mesa
Corpos extasiados ao solo

Já não falamos da dor
Não falamos

Silenciamos o verso

Atraso os relógios
Para a ampulheta

Nossos corpos
Paralisados, inertes

Eles seguem
Tem a caos como amante fiel

Sem rodeios ou digressões

Entra na dança
Atravessa o jogo
Quebra a partitura

Reinventamos a forma

Nesse jogo performático
Conjugamos o prazer
Aquém dos dizeres
Da prosa e do verso

Sou mais eu e você.

06/03/2013