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terça-feira, 21 de abril de 2015

O Dizer

Óbvio
Obviedades do dizer

Cautelosa
Não diz
Certeira
Erra

A palavra não dita
É verbo que não reverbera
Entre a garganta e a boca
Estagnada
Consentindo idéias
Pesares
Certezas [?!]

A palavra
Paira no ar
Sufoca na caneta tinteiro
Ela se revolve
Entoa odes do não dizer

Obviedades
São palavras maduras
Prontas para serem ditas

A palavra é finita
Os sentidos diversos
Óbvio são nossas perspectivas [?]
Morre-se por obviedades
Por certezas inabaláveis
Pela palavra não dita

Morre-se de tédio
De pesar
Pela certeza que não temos
Pela palavra silenciada

Mata-se pela palavra
Silenciada por óbvio

Morte do dito pelo “não-dito”.