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quarta-feira, 22 de maio de 2013

TEMPO...


 Hoje o dia passou arrastado, foi como se os segundos não acompanhassem o tic-tac do relógio.

Mesmo antes de acordar, senti o tempo descompassar vagarosamente, transpassar as cobertas, tatear o meu corpo, como se o medisse em palmos. Ele foi me atravessando, era impossível dormir.

Parei de lutar com as circunstâncias e despertei. Assumo ter tentando ludibriar meus instintos, maquiado algumas situações, mas ele não perdoa, hora ou outra submergiria uma verdade aqui outra acolá.

É tempo de acertar o compasso, vislumbrar outras conquistas.

Aceitei todas as prerrogativas e mesmo os riscos inerentes ao livre arbítrio.

Penso em nunca esgueirar-me por entre vielas, decidi não vivenciar somente as certezas que a vida propõem, decidi não apelar ao passado para justificar algumas escolhas.

Nem todos os quereres são passíveis de explicação. Eu simplesmente me abstenho, deixo em aberto o entendimento, tal como as escolhas, são livres.

Tic-tac, que não seja hoje, mas o mesmo tempo que me corre as cobertas, que me atravessa o peito, vai lhe ser pontual.

Ele nós faz acreditar em pôr dos sóis mais ensolarados.


Aline Félix
22/05/2013.