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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sem amarras

Se crio, distorço, invento e escarro
Jogo fora as liras
Duas gramas de emoção
Esse coração polido, partido, rechaçado.

Vou embora para outros cantos
Nos arredores do Brasil
Lá, onde o eco não ecoa.
A voz não cala
Reverbera dissonante
Repica sem assombro
Livre, opulenta...
Sem disfarces, sem versos a emendar olhares.

Ela é livre
Livre para calar
Livre em desdizer, em contradizer.

Ela anota alguns tons
Desafina, mas não perde o compasso.
Ela é livre para amineirar-se como bem entende
E se não entende, deixe estar...

Ousadia demais é crer saber de tudo
Sabido mesmo é aquele que se acha ignorante
No fim, caladim no seu canto.
Sabe bem mais que imagina saber

06/06/2012

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