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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Animal Selvagem


Sem sentidos para nortear o tato
Confundo os gostos
Troco palavras
Reinvento assuntos outrora ultrapassados                 

Tem sido assim
Ficção talhada com esmero

Meus sentidos vão reverberando
Gritam aturdidos, perdidos...

Assim, a beira do precipício.
Guio-me pelo instinto

Animal selvagem
Indo e vindo, numa cadencia única.

Já não penso
Devora ideias
Liberto-me do conformismo da vida
Do dever ser
Sem a imposição da forma, de jeitos e trejeitos.

Assim, animal selvagem.
Desbravando essa terra de ninguém
Revolvendo destroços

Animal selvagem
Sem meios-termos
Solto no campo, jogado na vida.
Sem jaulas ou campos de concentração
Conheço em mim o pedaço de homem que faltava.

Aline Félix
28/08/2012

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