Sem sentidos para nortear o tato
Confundo os gostos
Troco palavras
Reinvento assuntos outrora ultrapassados
Tem sido assim
Ficção talhada com esmero
Meus sentidos vão reverberando
Gritam aturdidos, perdidos...
Assim, a beira do precipício.
Guio-me pelo instinto
Animal selvagem
Indo e vindo, numa cadencia única.
Já não penso
Devora ideias
Liberto-me do conformismo da vida
Do dever ser
Sem a imposição da forma, de jeitos e trejeitos.
Assim, animal selvagem.
Desbravando essa terra de ninguém
Revolvendo destroços
Animal selvagem
Sem meios-termos
Solto no campo, jogado na vida.
Sem jaulas ou campos de concentração
Conheço em mim o pedaço de homem que faltava.
Aline Félix
28/08/2012
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