Eu como a presença
Devoro o vazio dos dias
Entre um gozo e outro
Vou equilibrando os prazeres
O corpo não mente
Reluta, pondera, esquiva-se...
Sem razão de ser
Joga fora as patentes
Desalinha, perde a pose...
A certeza de outrora
Vou bebendo-a pela manhã
Pausadamente
Entre um gole e outro
O corpo não mente
Divaga
Entre o café e o jantar
Finge acreditar em verdades alacarte.
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