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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Tato

A mão acalenta
Registra a textura
Reconhece-te a meia luz

Ela transgride o tempo
Sente gostos outrora despercebidos

A mão tece o verso
Dedilha com maestria a bossa
Repica o tambor
Desafina

Encontra-se a meia luz
E se perde

Entre um encontro e outro
A pele grita
Inflama-se

A mão que acalenta
Sente o gozo das manhãs tardias
Firme,opulenta, orvalhadas...

Seu toque
Reverbera outros sons
Tece outros versos

A mão que acalenta
Tem digitais recortadas










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