A mão acalenta
Registra a textura
Reconhece-te a meia luz
Ela transgride o tempo
Sente gostos outrora despercebidos
A mão tece o verso
Dedilha com maestria a bossa
Repica o tambor
Desafina
Encontra-se a meia luz
E se perde
Entre um encontro e outro
A pele grita
Inflama-se
A mão que acalenta
Sente o gozo das manhãs tardias
Firme,opulenta, orvalhadas...
Seu toque
Reverbera outros sons
Tece outros versos
A mão que acalenta
Tem digitais recortadas
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