Número de acessos

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Silêncio



Hoje somos silêncio
Paz às avessas
O tempo escorrega pelas cobertas
Todas as manhãs a mesma sensação

E silêncio

Ele ecoa, vibra, pulsa
Sinto correr pelas veias
Frio, plácido, sanguíneo

Reverbero silêncio
Não há grito mais ensurdecedor

Antes o caos

Ouvir-se é guerrilhar consigo
Hastear bandeiras brancas sem sucesso
Rogar pelo fim das batalhas

É querer paz e ser guerra
É rasgar-se por dentro e não encontrar sentidos
É ser avesso a si mesmo
É incompreensão
É lutar e não desistir
É aprender a ser amor e ser melhor

O silêncio me inunda, transborda, precipita

De mãos dadas comigo
Sem tréguas
A mais difícil caminhada é o autoconhecimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui suas impressões: