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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cadência



Desde o primeiro tropeço
Amanhece comigo
Aos poucos reescreve outros parágrafos
Dilapida meu riso
Acentua minha dor

Outrora eram só expectativas
Era vontade encapsulada
Desejo inadvertido

Invadindo meu corpo
Esgueiravam-se como se o medissem em palmos

Conjugava o prazer
Remontava cenários
Variava o figurino

A meia luz
Ato contínuo
Sem intervalos

Traçava os fins a caneta naquim

Falas e marcações

Mas o tropeço
Cadenciou o passo
Feriu de morte o verso

Fez de mim poesia

Sem começo e sem fim














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