Hoje eu bebi
Tomei o porre
Acordei entre quatro
paredes não conhecidas
Bebi todo o meu querer
Perdi a conta do desejo
Da vontade da carne
Do gozo intermitente
das noites vazias
Paguei a conta com o
tempo
Tempo para pensar
Tempo para viver
Tempo para retirar-me
Tempo de deixar em paz
os instintos
Lá pelas tantas
Sem fazer conta do
porre
Sem fazer conta da dor
Fui diluindo-me noutras
doses
Misturei essências
Outro porre
E nesse estado de
embriaguez
De certezas
inabaláveis
Fiz conta de nossas
meias verdades
E de resto foi só
frisson
Sem troco, sem
saideira...
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