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domingo, 22 de abril de 2012

Impulso

“São tempos cruéis e pouco apaixonantes”. Achava que essa frase tinha saído de minha boca, mas na verdade ela veio como um sopro, e foi de longe.
Tanto aí como cá, as coisas andam meio que devagar, aos tropeços, quase parando.
Aquele mesmo discurso das ‘vidas diferentes’. Paradoxo. Quente. Frio. O falar apressado e o sotaque manso que quando eu lembro me faz pensar que nada é diferente tudo é do mesmo jeito, estilo bobo de um sonhador.
Toda vez que vejo o nome impulso, lembro-me de todos os meus impulsos guardados por dentro e consigo misturar os sentimentos que fazem desses engodos sentimentais serem tão fortes que saltam fora de mim mesmo não querendo.
Pra que entender, pra que querer definir, pra que pensar tanto se o que há de melhor é impulsionar a vida e sonhar o bastante para não deixar sair da boca, tempos cruéis e pouco apaixonantes...

REBECA AZEVEDO (Texto e Fotografia)

PS: Com licença poética da autora.
Das paragens do Nordeste do Brasil, palavras que me fazem calar!
Essa postagem é mais que merecida. 

Um comentário:

  1. "Pra que entender, pra que querer definir, pra que pensar tanto se o que há de melhor é impulsionar a vida e sonhar o bastante para não deixar sair da boca, tempos cruéis e pouco apaixonantes..." As vezes agir por impulso pode não ser bom, mas pode ser pior não agir por pensar de mais.

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